Pamukkale - o complexo na Turquia onde existe um "castelo de algodão" e uma piscina mandada construir por Cleópatra

07-08-2023

Na Turquia pode encontrar cidades subterrâneas, voos de balão e tradições seculares e, também, um dos cenários mais magníficos do mundo. Fica na província de Denizli, a cerca de 600 quilómetros de Istambul.

Conhecido como "o paraíso branco" da Turquia, o complexo de Pamukkale reúne as famosas fontes termais de formação calcárias e a Antique Pool, conhecida como a Piscina de Cleópatra. Diz-se que foi construída a pedido da rainha egípcia, que acreditava no poder curativo e rejuvenescedor das suas águas. Era um local considerado sagrado e já no século II a.C era utilizada como uma espécie de spa pelos locais.

Lendas à parte, ninguém sabe realmente se Cleópatra chegou a visitar ou mergulhar nestas águas terapêuticas, mas não há dúvidas de que a piscina é realmente da época romana. O local de banhos fazia parte do Tempo de Apolo, e foi reconstruído em 2005 após os terramotos que devastaram a cidade. Só restaram as ruínas — e foram elas que o transformaram num lugar único. Hoje em dia, as ruínas romanas e os pedaços de colunas de mármores estão no fundo da piscina, que pode chegar aos cinco metros de profundidade.

Cercada por palmeiras, bares e restaurantes, o grande destaque é mesmo a temperatura da água, que ronda os 35 e os 50 graus. 

No resto do dia, pode visitar uma das atrações mais populares do complexo: as piscinas termais de Pamukkale, classificadas como Património Mundial da UNESCO desde 1988. Em turco, o termo significa "castelo de algodão" e chama-se assim porque este fenómeno natural de formação calcária é de um branco reluzente que podia ser facilmente confundido com um monte de nuvens ou com glaciar. Parece incrível, mas as duas atrações estão separadas por pouco metros. Pode ir de uma paisagem gélida a um oásis paradisíaco em apenas cinco minutos.

Situadas numa montanha a mais de 200 metros de altura, o cenário é incrível. A formação geológica do Pamukkale é um conjunto de fontes termais que derramam carbonato de cálcio pela montanha abaixo. Com o passar dos séculos, os minerais solidificaram-se em mármore travertino e formaram bacias gigantescas de águas quentes que descem pela cascata.

O local foi atingido por vários terramotos ao longo dos anos, mas ainda é possível visitar as ruínas.