Castelos de Portugal

18-04-2025

Portugal é um País rico em história e tradição, e os seus castelos são testemunhos vivos de um passado repleto de batalhas, conquistas e lendas. Espalhados por todo o território, desde as regiões montanhosas do norte até às planícies do sul, os castelos portugueses foram construídos principalmente durante a Idade Média, como estruturas defensivas e símbolos de poder.

Muitos desses castelos tiveram origem durante a Reconquista Cristã, quando os reis e nobres cristãos procuravam recuperar o território ocupado pelos mouros. Fortificações como o Castelo de Guimarães, considerado o berço da nação, ou o Castelo de Óbidos, com as suas muralhas bem preservadas e charme medieval, são exemplos impressionantes da arquitetura militar portuguesa.

Cada castelo tem a sua própria história e identidade. 


Castelo de Abrantes

O Castelo de Abrantes é uma imponente fortificação situada na cidade de Abrantes. Localizado estrategicamente no topo de uma colina com vista para o rio Tejo, este castelo teve, ao longo dos séculos, grande importância militar e defensiva, especialmente durante a Idade Média.

A sua origem remonta ao período da Reconquista Cristã, tendo sido conquistado aos mouros por D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, em 1148. Após a conquista, o castelo foi entregue à Ordem de Santiago, que o ampliou e fortaleceu, tornando-o um importante bastião na defesa do território português.

Durante o reinado de D. Dinis, no século XIII, o castelo foi remodelado, tendo sido reforçadas as suas muralhas e construída a torre de menagem. Com o passar do tempo, o Castelo de Abrantes foi perdendo a sua função defensiva, sendo adaptado a residência senhorial e, mais tarde, a quartel militar.

No século XIX, durante as Invasões Francesas, Abrantes voltou a ter importância estratégica, sendo ocupada pelas tropas de Napoleão. O castelo serviu, então, de quartel-general para as forças francesas.

Hoje em dia, o Castelo de Abrantes é um ponto turístico de destaque na cidade. Do alto das suas muralhas, é possível apreciar uma vista panorâmica deslumbrante sobre o Tejo e a região envolvente. O espaço inclui também o Jardim do Castelo, um local aprazível que convida à contemplação e ao passeio.

O castelo está classificado como Monumento Nacional e é um testemunho vivo da história de Portugal, refletindo a evolução da arquitetura militar e o papel estratégico que Abrantes desempenhou ao longo dos séculos.


Castelo de Alandroal

O Castelo de Alandroal é um dos marcos históricos mais emblemáticos do Alentejo. Construído no fim do século XIII, por ordem de D. Dinis, este castelo teve um papel importante na defesa da fronteira sul do reino durante a época medieval.

A construção começou por volta de 1294, e é atribuída à Ordem de Avis, que teve um papel fundamental na defesa e povoamento da região. A estrutura é um excelente exemplo da arquitetura militar gótica portuguesa, com muralhas robustas, torres imponentes e uma torre de menagem que se destaca como ponto mais alto da fortificação. O seu traçado é ovalado, adaptando-se ao relevo do terreno.

Ao longo dos séculos, o castelo sofreu várias transformações e reparações, especialmente durante os períodos de conflito com Castela e, mais tarde, nas Guerras da Restauração. Atualmente, o castelo encontra-se bem preservado e é classificado como Monumento Nacional desde 1922.

Além do seu valor arquitetónico e histórico, o Castelo de Alandroal oferece uma vista panorâmica sobre a planície alentejana, sendo um ponto turístico de destaque na região. A sua presença imponente no centro da vila continua a simbolizar a identidade e o orgulho local.


Castelo de Aljezur

O Castelo de Aljezur é uma antiga fortificação situada no topo de uma colina, que oferece uma vista panorâmica sobre a vila e a paisagem envolvente, com o vale do rio Aljezur a seus pés. A sua posição estratégica permitia o controlo do território em tempos antigos, tornando-o um ponto importante de defesa.

Acredita-se que a sua origem remonta ao período islâmico, por volta do século X, quando a região estava sob domínio muçulmano. Após a Reconquista Cristã no século XIII, o castelo foi tomado pelos portugueses e passou a integrar o sistema defensivo do Reino de Portugal. No entanto, com o passar do tempo e o avanço das técnicas militares, a sua importância foi diminuindo, levando à sua gradual ruína.

Atualmente, restam principalmente partes das muralhas e uma torre de menagem. O castelo foi classificado como Monumento Nacional em 1977 e tem sido alvo de trabalhos de conservação e valorização. Além do seu valor histórico, o local é também um atrativo turístico pela sua beleza natural e pelo ambiente tranquilo que o rodeia.

O Castelo de Aljezur é um testemunho importante da história medieval do Algarve e uma paragem obrigatória para quem deseja conhecer melhor o passado da região.


Castelo de Almourol

O Castelo de Almourol é um dos monumentos mais emblemáticos de Portugal, situado numa pequena ilha no meio do rio Tejo, na freguesia de Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha. A sua localização única confere-lhe um ar misterioso e encantador, tornando-o um dos castelos mais fotografados e visitados do País.

Este castelo tem origens antigas, tendo sido inicialmente uma fortificação romana ou visigótica. No entanto, foi durante a Reconquista Cristã, no século XII, que o castelo ganhou a sua forma atual, após ter sido entregue à Ordem dos Templários por D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Os Templários reconstruíram a fortaleza, transformando-a num ponto estratégico de defesa da fronteira do reino.

A arquitetura do Castelo de Almourol é marcada por suas altas muralhas e nove torres, destacando-se a torre de menagem no centro. O castelo foi concebido para resistir a cercos e proporcionar uma ampla vista do rio e da região envolvente. Embora tenha perdido a sua função militar ao longo dos séculos, mantém o seu caráter medieval e um forte simbolismo histórico.

Hoje, o Castelo de Almourol é um importante ponto turístico e histórico, sendo possível aceder à ilha por barco, o que torna a visita ainda mais especial. Além do valor arquitetónico e paisagístico, o castelo é também envolto em lendas, especialmente relacionadas com os Templários e com amores proibidos, que alimentam o seu fascínio junto dos visitantes.


Castelo de Arraiolos

O Castelo de Arraiolos está localizado na vila de Arraiolos, distrito de Évoral. É um dos poucos castelos de planta circular existentes no País, o que o torna uma construção única e de grande valor histórico e arquitetónico.

Construído no século XIV, durante o reinado de D. Dinis, o castelo foi edificado para reforçar a defesa da região, que era uma zona de passagem estratégica entre o norte e o sul do território. A sua construção começou em 1306, sobre uma colina que domina a paisagem em redor, oferecendo uma vista privilegiada sobre a planície alentejana.

O castelo é composto por uma muralha circular, com várias torres e portas de acesso. No interior do recinto muralhado, encontra-se a Igreja do Salvador, de origem medieval, que também sofreu modificações ao longo dos séculos. Com o tempo, o castelo perdeu a sua função defensiva e foi sendo abandonado, mas parte das suas estruturas foi preservada e restaurada.

Atualmente, o Castelo de Arraiolos é um importante ponto turístico da região e um símbolo da história local. Além da sua importância militar e arquitetónica, oferece uma paisagem deslumbrante e convida os visitantes a conhecerem melhor o passado medieval de Portugal.


Castelo de Belmonte

O Castelo de Belmonte está localizado na vila de Belmonte, distrito de Castelo Branco. Esta fortificação medieval é um dos monumentos mais emblemáticos da região, tanto pelo seu valor histórico como pelo seu estado de conservação.

Acredita-se que o castelo tenha sido construído no século XIII, durante o reinado de D. Afonso III, embora existam indícios de ocupação anterior na zona, incluindo vestígios romanos. O castelo foi erguido com o objetivo de defender a fronteira e proteger a população local, numa época em que o território português ainda se encontrava em processo de consolidação.

Com planta oval e muralhas de granito, o castelo apresenta elementos típicos da arquitetura militar medieval. Uma das suas principais atrações é a torre de menagem, que oferece uma vista panorâmica sobre a paisagem envolvente, incluíndo a Serra da Estrela.

O Castelo de Belmonte também está intimamente ligado à figura de Pedro Álvares Cabral, o navegador português que descobriu o Brasil em 1500. A família Cabral residiu nesta região, e o brasão da família pode ser encontrado nas proximidades do castelo.

Atualmente, o castelo é um ponto turístico muito visitado e faz parte da Rota das Judiarias, dado o importante legado judaico existente em Belmonte. Além disso, acolhe eventos culturais, exposições e recriações históricas que ajudam a manter viva a memória do passado.


Castelo de Belver

O Castelo de Belver é uma das mais belas fortalezas medievais de Portugal. Situado no alto de uma colina junto ao rio Tejo, oferece uma vista panorâmica impressionante sobre a região e desempenhou um papel estratégico importante ao longo da história.

Foi mandado construir no final do século XII, por ordem de D. Sancho I, sendo entregue à Ordem dos Hospitalários (mais tarde conhecidos como Ordem de Malta), com o objetivo de defender o território recém-conquistado dos ataques muçulmanos. Esta fortificação é considerada um dos primeiros castelos construídos pela Ordem em Portugal e é um dos exemplos mais bem preservados da arquitetura militar medieval no País.

A estrutura do castelo é composta por muralhas robustas, torres e uma torre de menagem central, que era o ponto mais protegido e servia como última linha de defesa. No seu interior, ainda é possível ver vestígios de antigas construções, como a cisterna e as fundações de habitações.

Atualmente, o Castelo de Belver é um importante ponto turístico e cultural da região. Além de sua importância histórica, o local é valorizado pela paisagem natural envolvente e pela tranquilidade que oferece aos visitantes. O castelo está classificado como Monumento Nacional desde 1910.

Visitar o Castelo de Belver é uma viagem no tempo, permitindo conhecer um pouco mais sobre a história medieval de Portugal e apreciar a beleza do Alto Alentejo.


Castelo de Bragança

O Castelo de Bragança é um dos mais bem preservados castelos medievais de Portugal. Com origens que remontam ao século XII, o castelo foi mandado construir por ordem do rei D. Sancho I, como forma de consolidar a defesa da fronteira nordeste do reino português.

A estrutura do castelo é imponente e inclui uma muralha em forma oval, torres defensivas e a imponente Torre de Menagem, que é o elemento mais marcante do conjunto. Esta torre chega a cerca de 33 metros de altura e oferece uma vista panorâmica da região. O castelo também abriga o Domus Municipalis, um raro exemplo de arquitetura civil românica na Península Ibérica, que funcionou como local de reunião para o conselho da cidade.

Ao longo dos séculos, o Castelo de Bragança desempenhou um papel importante em vários conflitos, incluindo as guerras com Castela e, mais tarde, as Invasões Napoleónicas. Hoje, é um dos principais pontos turísticos da cidade e faz parte do património histórico-cultural de Portugal.

Visitar o Castelo de Bragança é como fazer uma viagem ao passado, explorando muralhas antigas, passagens secretas e aprendendo sobre a história de uma das regiões mais autênticas de Portugal.


Castelo de Elvas

O Castelo de Elvas é uma impressionante fortificação, situada estrategicamente junto da fronteira com a Espanha e que desempenhou um papel fundamental na defesa do território português ao longo dos séculos.

A sua construção teve início durante o período da Reconquista, no século XIII, sob o reinado de D. Sancho II, sendo posteriormente ampliado e reforçado por diversos monarcas, especialmente durante a Idade Média e a Restauração da Independência, no século XVII. O castelo é parte integrante do complexo sistema defensivo da cidade, que inclui também muralhas abaluartadas, fortins e o famoso Aqueduto da Amoreira.

Com uma planta irregular adaptada ao relevo do terreno, o castelo possui torres imponentes, muralhas robustas e um passadiço que proporciona vistas deslumbrantes sobre a cidade e a paisagem envolvente. Em 2012, Elvas e as suas fortificações foram classificadas como Património Mundial da UNESCO, reconhecendo a importância histórica e arquitetónica da cidade.

Atualmente, o Castelo de Elvas está aberto ao público e é um dos principais pontos turísticos da região, atraíndo visitantes interessados em história, arquitetura militar e belas paisagens.


Castelo de Estremoz

O Castelo de Estremoz é uma imponente fortificação medieval situada no Alentejo. A sua construção remonta ao século XIII, durante o reinado de D. Dinis, e teve grande importância estratégica na defesa da fronteira leste do reino contra os ataques castelhanos.

Uma das principais atrações do castelo é a Torre de Menagem, construída em mármore branco da região, o que a torna única em Portugal. Com cerca de 27 metros de altura, a torre oferece uma vista panorâmica deslumbrante sobre a cidade de Estremoz e a paisagem alentejana.

O castelo também é conhecido por ter sido residência da Rainha Santa Isabel, esposa de D. Dinis, que aqui passou os seus últimos dias. Segundo a lenda, foi neste local que ocorreu o famoso milagre das rosas, atribuído à rainha, e que ainda hoje é lembrado na cultura e religiosidade portuguesa.

Atualmente, parte do castelo abriga a Pousada Rainha Santa Isabel, uma unidade de turismo histórico integrada na rede de Pousadas de Portugal, oferecendo aos visitantes a experiência de pernoitar num autêntico castelo medieval.

O Castelo de Estremoz é um símbolo do passado glorioso de Portugal e um destino obrigatório para quem deseja conhecer mais sobre a história, a arquitetura militar medieval e as tradições do Alentejo.


Castelo de Folgosinho 

O Castelo de Folgosinho é uma histórica fortificação localizada na freguesia de Folgosinho, concelho de Gouveia, distrito da Guarda. Situado no topo de uma colina a cerca de 933 metros de altitude, oferece uma vista panorâmica deslumbrante sobre a Serra da Estrela e os vales circundantes, o que o torna não apenas um monumento de valor histórico, mas também um ponto turístico muito apreciado.

Acredita-se que o castelo tenha origens medievais, provavelmente erguido durante a Reconquista Cristã, no reinado de D. Sancho I, no século XII. No entanto, vestígios arqueológicos indicam que a região já era habitada desde tempos pré-romanos, com possíveis ocupações castrejas. A sua localização estratégica permitia o controlo das rotas entre o interior e o litoral.

Embora pouco reste da estrutura original, o castelo foi restaurado no século XX, mantendo o traçado das muralhas e uma torre central, de onde se pode apreciar a paisagem envolvente. Dentro do recinto amuralhado, destaca-se um miradouro com um painel de azulejos que retrata a figura lendária de Viriato, o líder lusitano que, segundo a tradição local, teria nascido em Folgosinho.

Hoje, o Castelo de Folgosinho é um símbolo da identidade local e um local de encontro cultural e turístico. Ao visitá-lo, além da riqueza histórica, é possível desfrutar da gastronomia típica da região e da hospitalidade das gentes beirãs.


Castelo da Guarda

O Castelo da Guarda é uma das fortalezas históricas mais emblemáticas de Portugal. Situado a cerca de 1.056 metros de altitude, é o castelo mais alto de Portugal, oferecendo uma vista privilegiada sobre a paisagem montanhosa circundante, nomeadamente a Serra da Estrela.

A construção do castelo remonta ao século XII, no reinado de D. Sancho I, como parte da estratégia de defesa das fronteiras do recém-formado Reino de Portugal. Durante a Idade Média, o castelo desempenhou um papel importante na proteção da cidade e da região contra invasões e conflitos.

A estrutura original incluía muralhas robustas, torres de vigilância e uma torre de menagem — típica dos castelos medievais — que servia como último refúgio em caso de ataque. Ao longo dos séculos, o castelo foi sendo adaptado e sofreu várias alterações, especialmente após o declínio da sua função militar.

Hoje, restam partes significativas das muralhas e da torre de menagem, que podem ser visitadas. Além do valor arquitetónico, o Castelo da Guarda tem um grande valor simbólico e cultural, sendo um testemunho da história da cidade mais alta de Portugal.

A zona envolvente ao castelo é também de grande interesse, com ruas estreitas e empedradas, casas antigas e monumentos que refletem o passado medieval da Guarda.


Castelo de Guimarães

O Castelo de Guimarães é um dos monumentos mais emblemáticos de Portugal, tanto pela sua importância histórica como pela sua arquitetura imponente. Localizado em Guimarães, é frequentemente referido como o "berço da nação", pois está associado à fundação de Portugal e à figura de Dom Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal.

A origem do castelo remonta ao século X, quando a condessa Mumadona Dias mandou construir uma fortificação para proteger o mosteiro que havia fundado na região. Mais tarde, no século XI, o conde Dom Henrique, pai de Dom Afonso Henriques, mandou reforçar as defesas da fortaleza, tornando-a um verdadeiro castelo militar.

O Castelo de Guimarães desempenhou um papel crucial nas lutas da Reconquista e nas batalhas pela independência de Portugal face ao Reino de Leão. Uma das batalhas mais importantes associadas a este local é a Batalha de São Mamede, travada em 1128 nas proximidades do castelo, onde Dom Afonso Henriques saiu vitorioso contra as forças da sua mãe, Dona Teresa, abrindo caminho para a criação do Reino de Portugal.

Hoje, o castelo é um símbolo nacional e um dos destinos turísticos mais visitados do País. A sua estrutura, composta por altas muralhas, torres defensivas e um torreão central (a Torre de Menagem), proporciona uma vista panorâmica sobre a cidade e os arredores. O castelo foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e, em conjunto com o centro histórico de Guimarães, é Património Mundial da UNESCO desde 2001.

Visitar o Castelo de Guimarães é mergulhar na história de Portugal e compreender melhor as origens da identidade portuguesa.


Castelo de Lamego

O Castelo de Lamego é um dos mais importantes monumentos históricos da cidade de Lamego. Este castelo tem origens medievais, com as primeiras referências datando do século XI, embora existam vestígios de ocupações anteriores, inclusive romanas e visigóticas.

Situado num ponto elevado da cidade, o castelo tinha uma posição estratégica fundamental na defesa do território durante a época da Reconquista Cristã. A sua torre de menagem, imponente e bem preservada, oferece uma vista panorâmica sobre a cidade e a região envolvente, destacando-se como um símbolo de poder militar e político da Idade Média.

Ao longo dos séculos, o castelo foi sofrendo modificações, especialmente durante os reinados de D. Afonso Henriques e D. Sancho I. As muralhas ainda conservam parte do seu traçado original, envolvendo o núcleo antigo da cidade. No seu interior, é possível visitar ruínas de antigas estruturas habitacionais e uma cisterna medieval.

Atualmente, o Castelo de Lamego é um ponto turístico de grande interesse cultural, sendo classificado como Monumento Nacional. A visita ao castelo permite não apenas um mergulho na história portuguesa, mas também uma experiência única de contemplação da paisagem duriense.


Castelo de Lanhoso

O Castelo de Lanhoso é um dos mais imponentes e históricos monumentos do norte de Portugal, situado no concelho da Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga. Erguido no topo do Monte do Pilar, a cerca de 400 metros de altitude, oferece uma vista panorâmica deslumbrante sobre a região envolvente.

A origem do castelo remonta à época pré-românica, sendo mais tarde reconstruído durante a Idade Média. A sua importância histórica está ligada a vários momentos marcantes da história portuguesa, nomeadamente ao reinado de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Reza a lenda que sua mãe, D. Teresa, foi aprisionada neste castelo após o conflito com o filho pela independência do Condado Portucalense.

Do ponto de vista arquitetónico, o Castelo de Lanhoso possui uma planta oval, adaptada à configuração do terreno rochoso. No seu interior destaca-se a torre de menagem, robusta e imponente, que servia de último refúgio em caso de ataque. A muralha, ainda bem preservada, contorna o cimo do monte e conserva vestígios das várias fases de construção e renovação ao longo dos séculos.

Além do valor militar e estratégico, o castelo teve também um papel simbólico e administrativo na região. Atualmente, é um importante ponto turístico e cultural, frequentemente visitado por quem deseja conhecer mais sobre a história medieval de Portugal.

O Monte do Pilar, onde se localiza o castelo, é também um local de peregrinação religiosa, com a presença do Santuário de Nossa Senhora do Pilar, que atrai muitos fiéis durante o ano.


Castelo de Leiria

O Castelo de Leiria é um dos monumentos históricos mais emblemáticos de Portugal. Com uma localização estratégica no alto de uma colina, oferece uma vista panorâmica sobre a cidade e o rio Lis, sendo um ponto de grande interesse turístico e cultural.

A sua construção teve início no século XII, por ordem de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, como parte da defesa do território durante a Reconquista Cristã contra os mouros. Ao longo dos séculos, o castelo passou por várias reformas e ampliações, especialmente durante os reinados de D. Dinis e D. João I, que transformaram a estrutura defensiva em uma residência real.

O castelo destaca-se pelas suas muralhas imponentes, torres, e pelo bonito paço real, onde se podem observar elementos góticos e manuelinos. Um dos espaços mais notáveis é a Igreja de Santa Maria da Pena, que ainda conserva traços da sua antiga arquitetura.

Hoje, o Castelo de Leiria é um espaço cultural aberto ao público, onde se realizam exposições, visitas guiadas e eventos históricos. Além da sua importância arquitetónica, o castelo é um símbolo da identidade e da história da região.


Castelo da Lousã

O Castelo da Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce, está localizado na vila da Lousã, distrito de Coimbra. Situado numa encosta com vista para o vale do rio Arouce, o castelo encontra-se envolto por uma paisagem natural deslumbrante, marcada pela vegetação típica da Serra da Lousã.

A origem do castelo remonta ao período da Reconquista cristã, durante os séculos X e XI. A sua construção teve como principal objetivo a defesa do território contra as incursões muçulmanas. Acredita-se que o castelo tenha sido mandado erguer por ordem de Sesnando Davides, o alvazil de Coimbra, uma figura importante na consolidação do domínio cristão na região.

De planta irregular, adaptada ao relevo do terreno, o Castelo da Lousã é composto por muralhas em alvenaria de xisto e uma torre de menagem quadrangular. Apesar das suas dimensões modestas, desempenhou um papel estratégico importante na defesa da região centro de Portugal.

Com o tempo, e após o recuo da linha de fronteira, o castelo perdeu a sua função militar e entrou em declínio. Atualmente, encontra-se restaurado e é classificado como Monumento Nacional. O local está aberto ao público e é um dos principais pontos turísticos da Lousã, frequentemente visitado por quem explora a região e as aldeias do xisto.

Além do valor histórico e arquitetónico, o Castelo da Lousã oferece uma vista panorâmica magnífica, sendo um excelente ponto para contemplar a natureza envolvente e a beleza singular da serra.


Castelo de Marvão

Situado no topo da Serra de São Mamede, no Alentejo, o Castelo de Marvão é uma das fortificações mais impressionantes de Portugal. Erguido a mais de 800 metros de altitude, oferece uma vista panorâmica deslumbrante sobre a paisagem circundante e sobre a vila medieval que se desenvolveu em seu redor.

A construção do castelo teve início no século IX, durante o período muçulmano, sob o comando de Ibn Marwan, de quem a vila herdou o nome. Após a reconquista cristã no século XII, o castelo foi ampliado e reforçado, especialmente durante os reinados de D. Dinis e D. João I, sendo um importante ponto estratégico na defesa da fronteira com a Espanha.

A fortaleza é composta por muralhas espessas, torres de vigia, cisternas e uma impressionante porta de entrada. O seu estado de conservação é notável, permitindo aos visitantes uma verdadeira viagem ao passado. Ao percorrer os caminhos estreitos da vila e explorar as muralhas do castelo, é possível sentir a história viva nas pedras e na paisagem.

Hoje, o Castelo de Marvão é uma atração turística de grande relevância, integrando a Rota dos Castelos de Portugal e atraíndo visitantes de todo o mundo. É também palco de eventos culturais, como festivais de música e recriações históricas.


Castelo de Monsaraz

O Castelo de Monsaraz é uma imponente fortificação medieval localizada na vila de Monsaraz, concelho de Reguengos de Monsaraz. Situado no alto de uma colina, o castelo oferece uma vista deslumbrante sobre a planície alentejana e o grande Lago Alqueva, um dos maiores lagos artificiais da Europa.

A origem do castelo remonta ao período da Reconquista Cristã, no século XIII, quando D. Afonso III ordenou a sua construção para reforçar a defesa da fronteira com o reino mouro. No entanto, a ocupação humana da região é muito mais antiga, havendo vestígios pré-históricos nas imediações da vila.

A estrutura atual do castelo é formada por muralhas robustas, torres de vigia e uma praça de armas, onde se realizavam eventos e feiras medievais. Dentro das muralhas, a vila de Monsaraz mantém o seu traçado medieval bem preservado, com ruas estreitas, casas brancas e igrejas históricas, o que dá ao local um ambiente encantador e autêntico.

Além do seu valor histórico e arquitetónico, o Castelo de Monsaraz é também um importante ponto turístico, atraíndo visitantes que procuram conhecer a história de Portugal, admirar a paisagem alentejana e desfrutar da tranquilidade que envolve esta vila muralhada.


Castelo de Montalegre

O Castelo de Montalegre é um dos mais emblemáticos monumentos históricos da região norte de Portugal. Localizado na vila de Montalegre, distrito de Vila Real, este castelo medieval foi construído no século XIII, durante o reinado de D. Afonso III, com o objetivo de reforçar a defesa da fronteira com a Galiza.

A estrutura do castelo é marcada por suas imponentes muralhas em granito e quatro torres robustas, sendo a Torre de Menagem a mais destacada. Esta torre, alta e imponente, oferece uma vista panorâmica deslumbrante sobre a paisagem circundante, que inclui as montanhas da Serra do Gerês e os campos verdejantes da região do Barroso.

Ao longo dos séculos, o castelo teve grande importância estratégica e militar, desempenhando um papel relevante nas guerras com Castela e nas lutas internas da monarquia portuguesa. Atualmente, o Castelo de Montalegre é um dos principais pontos turísticos da vila, atraindo visitantes interessados em história, arquitetura e natureza.

O castelo também é conhecido por fazer parte do cenário das famosas "Sextas 13", eventos místicos e culturais que ocorrem na vila de Montalegre, misturando teatro, tradição e folclore local, numa celebração única do sobrenatural.

Visitar o Castelo de Montalegre é mergulhar na história de Portugal, admirar a beleza natural da região e sentir a força das tradições que moldaram a identidade do povo barrosão.


Castelo dos Mouros

O Castelo dos Mouros é uma impressionante fortificação medieval localizada na Serra de Sintra. Erguido durante o século VIII pelos mouros, este castelo tinha como principal função a defesa da região de Sintra e o controlo das rotas entre o interior e o litoral.

A construção aproveita a topografia acidentada da serra, com suas muralhas serpenteando pelas colinas e oferecendo uma vista panorâmica deslumbrante sobre a vila de Sintra, o Palácio Nacional e, em dias claros, até o Oceano Atlântico. A localização estratégica permitia uma vigilância eficaz e tornava o castelo difícil de conquistar.

Após a reconquista cristã no século XII, o castelo foi entregue à Ordem dos Templários e mais tarde caiu em relativo abandono, sendo restaurado apenas no século XIX por iniciativa de D. Fernando II, dentro do espírito romântico da época, que valorizava as ruínas medievais.

Atualmente, o Castelo dos Mouros é um dos principais pontos turísticos de Sintra, classificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Os visitantes podem caminhar pelas muralhas, explorar as torres e imaginar como era a vida durante os tempos medievais.


Castelo de Óbidos

O Castelo de Óbidos é um dos monumentos medievais mais bem preservados de Portugal e um dos grandes símbolos do charme histórico da vila de Óbidos. Com origens que remontam ao período romano, o castelo passou por várias transformações ao longo dos séculos, especialmente durante a ocupação dos mouros e, mais tarde, após a Reconquista Cristã no século XII.

Construído sobre um ponto estratégico, o castelo foi essencial na defesa da região durante a Idade Média. A sua arquitetura é marcada por torres imponentes, muralhas robustas e uma vista deslumbrante sobre a paisagem envolvente. Durante o reinado de D. Dinis, o castelo foi oferecido como presente de casamento à rainha Santa Isabel, tradição que continuou com outras rainhas portuguesas, o que fez de Óbidos conhecida como a "Vila das Rainhas".

Atualmente, o castelo é uma das principais atrações turísticas de Óbidos e abriga uma pousada histórica, oferecendo aos visitantes a experiência única de pernoitar dentro de um autêntico castelo medieval. Além disso, o local é palco de diversos eventos culturais ao longo do ano, como o Mercado Medieval e o Festival Internacional de Chocolate.

O Castelo de Óbidos não é apenas uma construção antiga — é um testemunho vivo da história portuguesa, envolto num ambiente encantador que transporta os visitantes para outra época.


Castelo de Ourém

O Castelo de Ourém é um dos monumentos históricos mais emblemáticos da região do Médio Tejo, distrito de Santarém. Localizado no alto de uma colina, oferece uma vista panorâmica deslumbrante sobre a paisagem envolvente, tornando-se um ponto de referência tanto pela sua importância histórica como pelo seu valor arquitetónico.

A construção original remonta ao século XII, durante o reinado de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Contudo, foi no século XV que o castelo ganhou a sua forma mais imponente, graças às reformas feitas por D. Afonso, Conde de Ourém, neto do condestável D. Nuno Álvares Pereira. Este nobre transformou o castelo numa residência palaciana, introduzindo elementos góticos e renascentistas, como as janelas geminadas e a torre de menagem com varanda.

O castelo foi parcialmente destruído pelo terramoto de 1755 e, mais tarde, durante as invasões napoleónicas. No entanto, sofreu várias obras de restauro ao longo dos séculos XX e XXI, o que permitiu preservar grande parte do seu traçado original.

Hoje, o Castelo de Ourém é um importante ponto turístico, atraindo visitantes interessados na história medieval portuguesa, bem como nas lendas e mistérios que envolvem a região. Além disso, a vila medieval onde se encontra o castelo mantém o seu charme com ruas estreitas, casas antigas e uma atmosfera que nos transporta no tempo.


Castelo de Palmela

O Castelo de Palmela é um dos monumentos históricos mais emblemáticos da região de Setúbal. Situado no topo da serra de Palmela, o castelo oferece uma vista panorâmica deslumbrante sobre a paisagem envolvente, incluíndo a Serra da Arrábida, o estuário do rio Sado e até Lisboa, em dias claros.

A sua origem remonta à ocupação muçulmana da Península Ibérica, tendo sido posteriormente conquistado pelos cristãos no século XII, durante o reinado de D. Afonso Henriques. Desde então, o castelo foi ampliado e reforçado ao longo dos séculos, desempenhando um papel importante na defesa do território.

Dentro das muralhas, destaca-se a Igreja de Santiago, que também serviu como ponto de peregrinação. O castelo foi sede da Ordem de Santiago, uma das mais importantes ordens militares medievais em Portugal. Hoje, além do seu valor histórico, o castelo é conhecido pela sua pousada instalada no antigo convento, que oferece aos visitantes uma experiência única de alojamento dentro das muralhas.

O Castelo de Palmela é um destino turístico popular, não só pela sua riqueza histórica e arquitetónica, mas também pela sua envolvência natural, trilhos para caminhadas e eventos culturais que ali decorrem ao longo do ano.


Castelo de Sabugal

O Castelo de Sabugal é uma imponente fortaleza medieval localizada na cidade de Sabugal, distrito da Guarda. Erguido estrategicamente junto ao rio Côa, este castelo é um dos mais bem preservados da região da Beira Interior e possui grande valor histórico e arquitetónico.

A construção original remonta ao século XII, durante a fase da Reconquista cristã. No entanto, a fortificação atual foi ampliada e reforçada no reinado de D. Dinis, no século XIII, o que lhe conferiu o aspeto gótico-militar que hoje admiramos. Uma das características mais marcantes do castelo é a sua torre de menagem de planta pentagonal, única em Portugal.

O castelo desempenhou um papel importante nas disputas territoriais entre Portugal e Castela e, ao longo dos séculos, foi palco de diversos acontecimentos históricos. No século XVII, perdeu progressivamente a sua função militar, sendo mais tarde classificado como Monumento Nacional.

Atualmente, o Castelo de Sabugal está aberto ao público e é um dos principais pontos turísticos da região. Oferece uma vista panorâmica deslumbrante sobre a cidade e a paisagem envolvente, e é palco de eventos culturais, recriações históricas e atividades educativas.


Castelo de Santa Maria da Feira 

O Castelo de Santa Maria da Feira é um dos mais notáveis exemplos da arquitetura militar medieval em Portugal. Este castelo tem origens que remontam ao século XI, sendo uma peça fundamental na defesa do território durante a Reconquista Cristã.

A sua estrutura imponente, com muralhas bem preservadas, torres e ameias, oferece uma visão clara da evolução das técnicas defensivas ao longo dos séculos. O castelo foi progressivamente ampliado e fortificado, especialmente durante os séculos XIV e XV, tendo servido também como residência senhorial.

Além do seu valor histórico e arquitetónico, o Castelo de Santa Maria da Feira desempenha hoje um papel importante na vida cultural da região. É palco de eventos como a Viagem Medieval, um dos maiores eventos históricos da Europa, que atrai milhares de visitantes todos os anos.

Rodeado por uma paisagem verdejante, o castelo convida os visitantes a uma verdadeira viagem no tempo, oferecendo uma experiência única que combina história, cultura e beleza natural.


Castelo de São Jorge

O Castelo de São Jorge é um dos monumentos históricos mais emblemáticos de Lisboa. Localizado no topo da colina mais alta do centro histórico da cidade, oferece uma vista panorâmica impressionante sobre Lisboa, o rio Tejo e seus arredores.

A história do castelo remonta à época dos fenícios, mas foi durante a ocupação mourisca, no século XI, que ele adquiriu a sua estrutura mais conhecida. Em 1147, o castelo foi conquistado pelos cristãos liderados por D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, durante a Reconquista. A partir de então, tornou-se residência real e desempenhou um papel importante na defesa da cidade.

Ao longo dos séculos, o Castelo de São Jorge sofreu várias transformações e períodos de abandono. No século XX, passou por uma grande restauração que revelou as muralhas medievais, torres e vestígios arqueológicos, permitindo que o local fosse aberto ao público como espaço cultural e turístico.

Hoje, os visitantes podem explorar as muralhas, as torres, os jardins e o núcleo museológico, onde se encontram artefactos descobertos em escavações arqueológicas. O castelo também é palco de eventos culturais e oferece uma oportunidade única para conhecer melhor a história de Lisboa e de Portugal.


Castelo de Sesimbra

O Castelo de Sesimbra, também conhecido como Castelo dos Mouros, é um dos marcos históricos mais importantes da vila de Sesimbra. Situado no topo de uma colina com vista para o mar e para a vila, oferece uma paisagem deslumbrante que combina o azul do Atlântico com o verde das serras.

A construção original remonta à época muçulmana, por volta do século IX, tendo sido posteriormente reconquistado pelas forças cristãs durante o reinado de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. No entanto, foi no século XIII, durante o reinado de D. Sancho I, que o castelo sofreu importantes reformas e ganhou a sua forma mais próxima da atual.

O castelo foi durante séculos um importante ponto estratégico de defesa contra invasões vindas do mar. Com as suas muralhas robustas e torres de vigia, protegia não só a vila, mas também o acesso marítimo ao sul de Lisboa.

Hoje em dia, o Castelo de Sesimbra é um local de interesse turístico e cultural. No seu interior encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, um templo gótico que foi restaurado e que é palco ocasional de eventos culturais e religiosos. As muralhas do castelo são acessíveis aos visitantes, que podem percorrê-las e desfrutar de vistas panorâmicas impressionantes.

Além do seu valor histórico e arquitetónico, o castelo é também um ótimo ponto de partida para explorar a natureza envolvente, com trilhos que atravessam a Serra da Arrábida e a paisagem protegida que rodeia a região.


Castelo de Silves

O Castelo de Silves é uma das mais impressionantes fortalezas históricas do sul de Portugal. Este castelo é um dos melhores exemplos da arquitetura militar islâmica em território português, tendo desempenhado um papel crucial durante o período da ocupação muçulmana da Península Ibérica.

Construído sobre uma colina que domina a cidade e o rio Arade, o castelo tem origem em antigas fortificações romanas, mas foi significativamente ampliado e reforçado pelos mouros entre os séculos VIII e XIII. A estrutura atual, feita de grés vermelho característico da região, destaca-se pelas suas muralhas imponentes, torres de vigia e pela vista panorâmica que oferece sobre Silves e arredores.

Durante a Reconquista Cristã, Silves foi conquistada por D. Sancho I em 1189, com o apoio de cruzados nórdicos, mas foi retomada pelos mouros pouco tempo depois. A cidade foi definitivamente integrada no reino português apenas em 1242.

No interior do castelo é possível visitar a cisterna, um impressionante reservatório subterrâneo, e as ruínas de antigas construções residenciais. Ao longo do ano, o castelo recebe milhares de visitantes e eventos culturais, sendo um símbolo da rica herança histórica do Algarve.

Hoje, o Castelo de Silves é classificado como Monumento Nacional e representa um testemunho fascinante da convivência entre culturas ao longo da história de Portugal.


Castelo de Sines

O Castelo de Sines ergue-se sobre uma falésia com vista para o oceano Atlântico e tem uma grande importância histórica e cultural, sendo um dos principais marcos da região.

A construção do castelo começou no século XV, durante o reinado de D. Pedro I, com o objetivo de proteger a costa contra os ataques de piratas e corsários. No entanto, vestígios arqueológicos indicam que a área já era ocupada desde o período romano, e posteriormente pelos mouros, antes da reconquista cristã.

O castelo é conhecido por ter sido o local de nascimento de Vasco da Gama, o célebre navegador português que descobriu o caminho marítimo para a Índia em 1498. Uma estátua em sua homenagem pode ser encontrada junto às muralhas, voltada para o mar.

Atualmente, o Castelo de Sines está bem preservado e aberto ao público. Dentro de suas muralhas, funciona o Museu de Sines, onde os visitantes podem conhecer mais sobre a história da cidade, a vida de Vasco da Gama e as tradições locais. Do alto das torres, é possível apreciar uma vista panorâmica deslumbrante sobre a baía de Sines.

O castelo é também palco de eventos culturais ao longo do ano, incluindo concertos, exposições e festivais, como o Festival Músicas do Mundo, que atrai milhares de visitantes nacionais e internacionais.


Castelo de Tomar

O Castelo de Tomar é um dos mais emblemáticos monumentos históricos de Portugal. Construído no século XII por ordem de Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, o castelo desempenhou um papel fundamental na defesa do território durante o período da Reconquista Cristã.

Mais do que uma fortaleza militar, o Castelo de Tomar está intimamente ligado à história da Ordem dos Templários e, mais tarde, à Ordem de Cristo, que assumiu o espaço após a extinção dos templários no século XIV. O castelo é também conhecido por abrigar o Convento de Cristo, um dos conjuntos arquitetónicos mais importantes do País, classificado como Património Mundial da UNESCO desde 1983.

A arquitetura do castelo reflete diferentes estilos e períodos, com destaque para a Charola templária – uma capela octogonal inspirada no Santo Sepulcro de Jerusalém – e os detalhes manuelinos que foram acrescentados durante o reinado de D. Manuel I. A combinação de elementos românicos, góticos, manuelinos e renascentistas faz do castelo um verdadeiro testemunho da evolução artística e arquitetónica portuguesa.

O Castelo de Tomar é hoje um dos destinos turísticos mais visitados de Portugal, oferecendo aos visitantes uma experiência única que mistura história, arte e espiritualidade. Passear pelas muralhas e claustros do convento é fazer uma viagem ao passado glorioso das ordens religiosas militares que moldaram a identidade portuguesa.


Castelo de Trancoso

O Castelo de Trancoso é uma das mais emblemáticas fortalezas medievais de Portugal, situado na cidade de Trancoso, distrito da Guarda. Com origens que remontam ao período pré-romano, a fortificação teve um papel importante na defesa da fronteira durante a Reconquista Cristã e nas lutas entre o Reino de Portugal e o Reino de Leão.

A estrutura atual do castelo data, em grande parte, dos séculos XIII e XIV, durante o reinado de D. Dinis, que reforçou as suas muralhas e mandou construir a cerca urbana que ainda hoje envolve a parte antiga da cidade. O castelo apresenta uma planta retangular com torres robustas e uma imponente porta de entrada em arco gótico. Uma das suas características mais marcantes é a vista panorâmica sobre a paisagem circundante, que permite compreender a sua importância estratégica.

Ao longo dos séculos, Trancoso foi palco de diversos acontecimentos históricos, incluindo batalhas e encontros decisivos, como o casamento do rei D. Dinis com Isabel de Aragão, celebrado na cidade. Atualmente, o castelo é um importante ponto turístico e está classificado como Monumento Nacional, atraindo visitantes interessados em história, arquitetura e na beleza singular da região da Beira Interior.


Fortaleza de São João Baptista do Pico

A Fortaleza de São João Baptista do Pico, também conhecida simplesmente como Castelo do Pico, é uma imponente fortificação localizada na cidade de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Açores. Situada no topo do Monte Brasil, esta fortaleza desempenhou um papel estratégico fundamental na defesa da cidade e da ilha, especialmente durante os séculos XVI e XVII.

A construção da fortaleza teve início no século XVI, no contexto das ameaças de invasões por corsários e potências estrangeiras. O projeto foi ampliado durante o domínio filipino (quando Portugal esteve sob domínio espanhol entre 1580 e 1640), tornando-se uma das maiores fortificações abaluartadas do País. O seu nome presta homenagem a São João Baptista, o padroeiro da fortaleza.

A sua localização elevada proporcionava uma ampla vista sobre o porto de Angra, permitindo um controle eficaz sobre a navegação marítima. A fortaleza foi equipada com muralhas espessas, bastiões, guaritas e canhoneiras, características típicas da arquitetura militar da época.

Ao longo da história, a Fortaleza de São João Baptista do Pico foi palco de diversos episódios importantes, como as lutas entre os partidários de D. António, Prior do Crato, e as forças de Filipe II de Espanha, durante a crise de sucessão de 1580. Mais tarde, também serviu como quartel e prisão militar.

Hoje, a fortaleza é um importante monumento histórico e turístico, classificado como parte do Património Mundial da UNESCO, integrado ao centro histórico de Angra do Heroísmo. A sua conservação e valorização são fundamentais para a preservação da memória histórica dos Açores e de Portugal.